Título: O menino do pijama listrado
Autor: John Boyne
Editora: Companhia das Letras
Ano de lançamento: 2007
Número de Páginas: 192
Avaliação:
A grande guerra havia sido um grande desastre para a Alemanha, o Tratado de Versalhes impôs a essa nação normas rigorosas e humilhantes que fez com que a malta passasse a desconfiar da forma de governo vigente. Como forma de "solucionar" o humilhado ego Alemão, surge um homem com fogo nos olhos, um bigode menor que a boca -que nos faz pensar pra que ele está ali- e influências Fascistas, que consegue persuadir a população alemã. Claro que você sabe de quem eu estou falando, o autor de Mein Kampf (Minha Luta) onde está suas ideias antissemitas e racistas, que mais tarde resultaria em práticas ditatoriais nazista em toda a segunda guerra mundial. É ele, Adolf Hitler.
É nesse contexto que decorre toda a história do menino do pijama listrado. Bruno tem 9 anos, mora em Berlim com o pai, o mãe e sua irmã Gretel. Após a visita de Hitler a sua casa, ele vê sua vida mudar completamente, quando é obrigado a mudar-se de Berlim para Haja-Vista - na realidade, Auschwitz. Seu pai, agora era comandante do campo de concentração nessa cidade, coisa que Bruno não entendia e nem dava importância. Em Haja-Vista não tinha amigos era, realmente, um tédio. Não estava satisfeito e fazia questão de deixar isso bem claro.
Porém, já que não podia fazer muita coisa o jeito foi adaptar-se. Da janela de seu quarto, Bruno passou a observar que existiam pessoas ao redor daquela casa, a possibilidade de conhecer alguém o animou, mas havia algo de estranho naquelas pessoas, todas elas usavam roupas incomuns, a vida passava longe dali. A curiosidade somada a monotonia fizeram com que Bruno se aproximasse do local "explorando". O garoto andou por muito tempo até deparar-se com o símbolo mais marcante de intolerância da segunda guerra, o campo de concentração. Bruno acaba deparando-se com Shmuel "o menino do pijama listrado", um garoto judeu que vivia do outro lado da cerca porém, esse impasse não será um entrave de impedir uma amizade verdadeira, inocente, sem rótulos e emocionante. É a partir desse momento que o livro se torna mais cativante.
“Uma coisa é certa: ficar sentado se sentindo infeliz não vai mudar nada.”
Porém, já que não podia fazer muita coisa o jeito foi adaptar-se. Da janela de seu quarto, Bruno passou a observar que existiam pessoas ao redor daquela casa, a possibilidade de conhecer alguém o animou, mas havia algo de estranho naquelas pessoas, todas elas usavam roupas incomuns, a vida passava longe dali. A curiosidade somada a monotonia fizeram com que Bruno se aproximasse do local "explorando". O garoto andou por muito tempo até deparar-se com o símbolo mais marcante de intolerância da segunda guerra, o campo de concentração. Bruno acaba deparando-se com Shmuel "o menino do pijama listrado", um garoto judeu que vivia do outro lado da cerca porém, esse impasse não será um entrave de impedir uma amizade verdadeira, inocente, sem rótulos e emocionante. É a partir desse momento que o livro se torna mais cativante.
(...) Ele viu um ponto, que logo depois virou uma mancha, que virou um vulto, que virou uma pessoa, que virou um menino e que virou Shmuel.
O livro tem uma "pegada" bem infanto-juvenil, a linguagem é
muito simples e bastante repetitiva, o que chegou a me incomodar um pouco. Eu
li esse livro em um dia. A narrativa começa "calma" um pouco lenta, e só vem a ficar boa mesmo a partir do início da amizade entre o ariano e o judeu onde as
diferenças começam a ficar mais expostas e fazer-nos refletir como alguém
conseguira ter um pensamento tão rude quanto aquele.
"Você é o meu melhor amigo, Shmuel”, disse ele. “Meu melhor amigo para vida toda.” […] E então o cômodo ficou escuro e de alguma maneira, apesar do caos que se seguiu, Bruno percebeu que ainda estava segurando a mão de Shmuel entre as suas e nada no mundo o teria convencido a soltá-la.
O autor consegue abordar um tema tão forte como o holocausto com muita
sutileza, o que eu achei espetacular. O enredo é bastante envolvente, Shmuel é um personagem incrível. Fiquei - como sempre - tentando especular o final e como Boyne iria
fazer pra não ser ofensivo as duas nacionalidades, judeus e alemães. Confesso que fui
surpreendido com o desfecho, é emocionante e imprevisível. Não consigo imaginar
um final melhor.
Portanto, O Menino do Pijama Listrado é um livro interessante e emocionante, a narrativa demora um pouco para fluir e talvez esse seja o único impasse da obra, ainda assim merece a sua atenção. Simples, emocionante e cativante O Menino do Pijama Listrado é feito para refletirmos e deixarmos ser levados pelo cada vez mais existindo sentimento humano, a sensibilidade.
“Não dói tanto assim. Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você realmente está sentindo.”
Portanto, O Menino do Pijama Listrado é um livro interessante e emocionante, a narrativa demora um pouco para fluir e talvez esse seja o único impasse da obra, ainda assim merece a sua atenção. Simples, emocionante e cativante O Menino do Pijama Listrado é feito para refletirmos e deixarmos ser levados pelo cada vez mais existindo sentimento humano, a sensibilidade.
"A infância é medida por sons, aromas e visões, antes que o tempo obscuro da razão se expanda."
Essas imagens foram retiradas do filme, sim também tem um filme. Que é bem fiel ao livro, o trailer está aqui em baixo.
Abraços!








Unknown disse...
20 de maio de 2013 às 20:17
Muito legal, continue assim rs.