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Analisando a estante
Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria. Jorge Luis Borges

Resenha: A Batalha do Apocalipse

quarta-feira, 17 de abril de 2013




Título: A batalha do apocalipse
Autor: Eduardo Sphor
Editora: Verus
Ano de lançamento: 2010
Número de Páginas: 586

Avaliação:





       É inerente ao ser humano, diante de tantos pensamentos místicos que assolam a nossa mente, não questionar-se sobre o fim do mundo. Como aconteceria? irão todos morrer? Jesus vai voltar? De fato, irá acontecer? Essas são perguntas que estão além da capacidade humana para suas devidas resoluções convictas, pois estão relacionadas a fé e crença individuais. Mas, ainda sim, podemos criar a nossa própria história para o Armageddon e, é isso que Eduardo Spohr faz e com muita competência em A batalha do apocalipse, um livro FANTÁSTICO.

       O livro acontece enquanto Deus - este um ser ficcional, da trama, não o Deus que consideramos- está supostamente adormecido e os arcanjos - especificamente Miguel - controlam o universo. O tema já é conhecido, o ciúme dos anjos pelo amor do criador em relação aos humanos. Pois bem, o Arcanjo Miguel, cego por esse sentimento, ordenou a extinção total dos homo sapiens, mas foi confrontado por uma legião de guerreiros, os 18 anjos renegados, liderados por Ablon, herói desse livro. A guerra estava declarada e Ablon teria vencido se não fosse a delação de Lúcifer. Os 18 renegados foram condenados a vagar pela terra, sempre perseguidos pelos caçadores ordenados pelo tirano Miguel. Mas tarde, Lúcifer também fez sua revolução, mas com o objetivo de torna-se Deus, o mesmo perde a guerra e ao contrário dos renegados que foram condenados a terra, este é expulso do céu junto com o seu exercito, caindo no Inferno. A partir daí desenvolve-se toda a trama que envolve romance, mistério, ação, ficção e mistérios. Ablon é o último renegado, todos os outros foram mortos pelas lâminas dos caçadores, o guerreiro passa por várias aventuras sempre tendo “flashbacks”, misturando o presente com o passado. Recebe o apoio de Shamira, a feiticeira de En-Dor, para permanecer vivo as investidas de Miguel e seu exercito, futuramente estaria entregue a um desconhecido sentimento, uma vez que este é um privilegio humano, a paixão. 

       Os ideais de Ablon, em proteger a raça humana, não foram esquecidos e Gabriel, vendo a ludibriação de Miguel se opõe ao seu irmão e passa a defender os ideais do último renegado. Está preparada a guerra, O arcanjo tirano de um lado e o último renegado do outro, mas Lúcifer não iria deixar de participar dessa "brincadeira" e logo prepara os seus demônios para o dia do acerto de contas, do Armageddon, o sétimo dia, onde são desvendados vários mistérios e onde finalmente o tecido da realidade irá cair juntando assim, o plano astral com o plano real, anjos e humanos. Não necessariamente dessa forma...

       O livro passa por toda a história da humanidade, desde a lendária Babilônia até os dias atuais, sendo algumas partes no Rio de Janeiro. Contém muito conteúdo histórico, recurso que eu achei extraordinário, pois nos acrescenta conhecimento de mundo. O modo como o autor escreve é de admirar-se, ainda mais quando percebi que o livro era nacional, uma vez que, não encontramos tal tema nos livros nacionais. O livro foi escrito de forma muito inteligente, consegue -ainda que na ficção- abordar acontecimentos religiosos que não desrespeita nenhuma seita desse tipo, mescla a feitiçaria, anjos, demônios, uma criança sagrada –que pode ser Jesus, ou não- criando um ambiente ficcional, não exaltando nenhuma verdade religiosa absoluta. A linguagem é adequada, conta com muitas palavras típicas do âmbito religioso, como: ofanis, ishins, sheol, para isso tem-se um glossário nas últimas folhas, ou seja, você terá sempre que recorrer a esse recurso no início da sua leitura. No meio do livro esse recurso não se faz tão frequente. A epopeia é narrada em uma terceira pessoa e uma parte é narrada em primeira, onde o próprio Ablon conta mais um de seus feitos. Não gosto de livros muito descritivos e Eduardo Spohr consegue a descrição de forma enfática, não deixando o livro em nenhum momento monótono e parecendo com que as palavras estão ali simplesmente pra ocupar páginas. O autor faz o uso de "flashbacks" que é bem interessante, recurso este que nos faz embarcar ainda mais na história.

       Portanto, da mesma forma como Rick Riordan faz em Percy Jackson, Sphor faz em A batalha do apocalipse misturando a ficção com o mundo real, recurso que aprecio muito. 

       A batalha do apocalipse é uma epopeia extraordinária, tão verossímil que acreditei de fato na história, mergulhei em cheio nas aventuras de Ablon, que não queria mais voltar para a superfície.

Abraços!
Postado por Glauco Souza às 22:15
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O blog surgiu a partir da ideia de instigar a análise crítica. Eu geralmente quando termino de ler um certo livro faço uma resenha sobre o mesmo, pra ter noção e ficar como arquivo também, claro. Portanto, aqui eu divido com vocês a minha crítica e estou aberto a receber as suas também. Abraços, Glauco Souza.

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